Musculação na juventude: essencial para saúde na terceira idade

Musculação e dieta proteica na juventude são essenciais para combater sarcopenia e garantir saúde muscular na velhice. Descubra como!

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Fortalecer os músculos desde cedo não é apenas uma questão de aparência. A massa muscular adquirida ao longo da vida é essencial durante a velhice, podendo ser a chave para uma recuperação mais rápida após doenças e procedimentos cirúrgicos. Especialistas ressaltam como a prática regular de atividades físicas, combinada com uma dieta rica em proteínas, pode prevenir a perda muscular e ser fundamental nas fases avançadas da vida.

A sarcopenia é caracterizada pela diminuição progressiva e generalizada da massa muscular. De acordo com Guilherme Peixoto da Fonseca, professor da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP), ela pode ser classificada em dois tipos: primária, que é natural e geralmente afeta idosos; e secundária, resultante de fatores inadequados, como sedentarismo, doenças ou acidentes.

Perda muscular gradual

Na sarcopenia, tanto em jovens e adultos quanto em idosos, ocorre a perda de músculos. Isso, por sua vez, afeta a força e a função dessas estruturas. Como a massa muscular atinge seu pico por volta dos 40 anos e começa a diminuir após os 60, o acúmulo ao longo da vida – auxiliado, por exemplo, pela musculação – pode melhorar o equilíbrio e a resposta do corpo em situações de estresse físico. Isso porque, como explicou Fonseca, os músculos consomem muita energia e, em casos de cirurgias ou processos de recuperação intensos, essas estruturas são utilizadas como fontes de nutrientes.

Prevenção é fundamental

A prevenção da sarcopenia e de outras condições que envolvem perda de massa muscular pode ser feita com práticas específicas. Os especialistas mencionam a musculação e uma alimentação rica em proteínas. Tiago Fernandes, também professor da EEFE, afirma que a combinação das duas contribui para uma reserva muscular e óssea que será necessária no futuro. Além disso, a atividade física exerce tensão nos ossos, estimulando a produção de mais tecido ósseo. Fonseca corrobora com a ideia, reforçando a necessidade de treinos duas a três vezes por semana, exercitando grandes grupos musculares, e ingestão adequada de proteínas.