A estrela HD 110067, situada a 105 anos-luz da Terra, ganhou destaque por abrigar um sistema planetário com seis exoplanetas em órbitas perfeitamente sincronizadas. Recentes estudos, no entanto, indicam que a estrela pode ter apenas 2,5 bilhões de anos, bem menos do que os oito bilhões estimados anteriormente. Essa nova descoberta, liderada pelo astrônomo Klaus-Peter Schröder da Universidade de Guanajuato, foi baseada na análise da atividade magnética e da rotação da estrela.
Os dados revelaram que HD 110067 apresenta uma rotação de cerca de 20 dias, o que é típico de estrelas jovens. Esta nova estimativa foi corroborada por comparações com estrelas semelhantes, como Sigma Draconis. A mudança na idade da estrela pode impactar a maneira como entendemos a evolução de seus exoplanetas, pois a sincronia orbital pode ter se formado em um período muito mais curto do que se imaginava, o que levanta questões sobre a possibilidade de vida em planetas mais distantes do sistema.