Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Indiana e da startup MindX Sciences nos Estados Unidos desenvolveram um novo exame de sangue capaz de diagnosticar a ansiedade. A técnica utiliza biomarcadores de RNA específicos da condição para identificar casos de transtorno de ansiedade generalizada, indicando também o nível de gravidade da doença e possíveis opções de tratamento.
Embora a tecnologia seja promissora, o exame ainda não está pronto para chegar ao mercado e são necessários mais estudos para aperfeiçoar a ferramenta. No entanto, ela pode resolver uma “deficiência” nos rastreamentos da ansiedade, que é a falta de diagnósticos objetivos.
Atualmente, o diagnóstico da ansiedade é feito com base na análise clínica, variando de acordo com a interpretação médica e a descrição do paciente. O exame de sangue pode complementar esse diagnóstico, trazendo mais precisão para a identificação da condição.
Os biomarcadores associados com o quadro identificados pelo exame incluem GAD1, NTRK3, ADRA2A, FZD10, GRK4 e SLC6A4. Com base nesses resultados, o exame identifica quais são os remédios disponíveis que mais se encaixam e respondem aos biomarcadores identificados no sangue.
No entanto, é importante destacar que a primeira forma de tratamento da ansiedade não passa pelo uso de remédios. Os pacientes são indicados, inicialmente, a buscar atendimento psicológico e adotar mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividades físicas. A medicação é a última estratégia a ser adotada.
O exame de sangue para ansiedade é uma promessa para o futuro, podendo ser usado para antecipar casos de síndrome do pânico, compulsões alimentares e outros possíveis desdobramentos da ansiedade. No entanto, até que a tecnologia esteja disponível, a busca por tratamentos alternativos e mudanças de estilo de vida devem ser priorizados para o bem-estar dos pacientes.