A Microsoft revelou um novo recurso chamado Recall para o Windows, que emprega inteligência artificial (IA) para rastrear e capturar tudo que o usuário faz em seu computador. O Recall cria várias capturas de tela e destaca informações relevantes, permitindo sua recuperação posterior.
Embora pareça útil, o recurso levantou preocupações sobre segurança cibernética. As capturas de tela geradas pelo Recall podem ser roubadas, expondo dados confidenciais a hackers. Kevin Beaumont, pesquisador de segurança cibernética, alertou que trojans projetados para roubar credenciais podem ser adaptados para atacar o Recall. Ele sugeriu que a Microsoft repensasse o recurso e adiasse seu lançamento, afirmando que “esse tipo de coisa não deveria acontecer.”
A Microsoft apresentou o Recall como parte dos próximos PCs Copilot Plus no mês passado, descrevendo-o como uma “forma mágica” de acessar informações vistas no computador, como abas de navegador fechadas, arquivos antigos e mais. O usuário pode enviar um comando em texto, e a IA pesquisa e encontra o que ele procura em segundos. A empresa afirma que nenhum dado será usado para treinar modelos de IA.
Atualmente, o Recall está disponível apenas como “prévia”, e será incluído nos novos PCs Copilot Plus ainda este mês. Inicialmente, a Microsoft planejava ativar o Recall por padrão, mas agora oferecerá a opção de desativá-lo durante a configuração inicial do sistema. “Além disso, também é necessário comprovar presença para visualizar sua linha do tempo e pesquisar no Recall,” disse Pavan Davuluri, chefe do Windows, garantindo que ninguém poderá pesquisar na linha do tempo do usuário sem autenticação prévia com o Windows Hello.
Essas alterações foram implementadas após os feedbacks de especialistas como Kevin Beaumont. “Continuaremos a ouvir e aprender com nossos clientes, incluindo consumidores, desenvolvedores e empresas,” acrescentou Davuluri.