Recentemente, nos Estados Unidos, foram identificados fragmentos do vírus da gripe aviária, o H5N1, em amostras de leite. Como medida preventiva, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que as pessoas evitem consumir leite fresco, também conhecido como leite cru. Ainda não se sabe ao certo se o vírus pode ser transmitido através do consumo deste tipo de leite, mas a OMS optou por uma abordagem cautelosa, a fim de prevenir possíveis transmissões de doenças.
Para garantir a segurança, a organização aconselha a população a preferir o leite pasteurizado. Este passa por um processo industrial que aquece o leite a uma temperatura elevada o suficiente para eliminar qualquer vírus ou bactérias prejudiciais à saúde.
Investigações em andamento
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, conhecida como FDA, encontrou fragmentos do H5N1 em 20% das amostras de leite testadas. O vírus, que anteriormente só era conhecido por afetar aves, já foi encontrado em vacas leiteiras e até mesmo infectou um homem, que felizmente se recuperou rapidamente. Apesar disso, os cientistas preocupam-se que o vírus possa evoluir para ser transmitido de humano para humano, embora isso ainda não tenha sido observado.
Testes adicionais estão sendo realizados para determinar se os fragmentos de vírus encontrados no leite comercial podem representar um risco à saúde. Até agora, os resultados preliminares indicam que não há perigo no consumo de leite vendido em mercados. A maior preocupação reside entre os trabalhadores que lidam diretamente com o gado. As autoridades sanitárias recomendam que estes trabalhadores usem equipamentos de proteção individual, mantenham uma boa higiene pessoal e sigam rigorosas medidas de biossegurança.
Adaptação e mutação do vírus
O H5N1 demonstrou capacidade de fazer mutações e adaptar-se a diferentes ambientes e espécies. Nos últimos meses, pinguins na Antártica e um urso polar foram vítimas da doença. Essa habilidade de adaptação do vírus é motivo de alerta entre os cientistas, que temem a possibilidade de transmissões futuras que poderiam levar a um surto, embora ainda não seja motivo para pânico.
O monitoramento intensivo e as medidas cautelares da OMS e do FDA buscam controlar a situação enquanto mais informações são coletadas. Para o público geral, a recomendação é seguir as orientações das autoridades de saúde e optar por consumir leite pasteurizado.