O Brasil está enfrentando uma nova onda de calor, com temperaturas que podem ultrapassar os 40 °C em várias regiões do país. Após um período de frio intenso, incluindo geadas e até neve, o cenário se inverte, resultando em um clima extremamente quente que deve persistir ao longo da semana. A previsão é de que as temperaturas se mantenham muito acima da média habitual para esta época do ano, afetando principalmente o Centro-Oeste.
A região Centro-Oeste, que inclui estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, será o epicentro do calor intenso. Especialistas indicam que a onda de calor está associada a um padrão de bloqueio atmosférico, caracterizado por um tempo seco e quente. Esse fenômeno tem gerado uma combinação de calor extremo e baixa umidade no solo. Em Cuiabá, a capital mato-grossense, os termômetros já marcaram 38,2 °C, e as previsões indicam que a cidade poderá registrar temperaturas entre 41 °C e 42 °C até o dia 23 de agosto.
Além do Centro-Oeste, outras regiões também sentirão os efeitos do calor. O Norte do Brasil, incluindo Rondônia, Pará e partes do Amazonas, pode ter máximas superiores a 35 °C, enquanto estados como Piauí e Maranhão devem registrar condições similares. No Sudeste, São Paulo também enfrentará dias quentes, com temperaturas no interior do estado podendo alcançar 35 °C ou mais.
Minas Gerais e Rio de Janeiro não ficarão de fora, com algumas áreas registrando temperaturas elevadas. O Sul do Brasil, embora inclua algumas instabilidades climáticas, verá temperaturas acima de 30 °C, especialmente em Santa Catarina e Paraná, onde máximas podem chegar a 39 °C.
Além do calor, a situação é preocupante em relação às queimadas. Dados recentes indicam que o aumento das temperaturas e a seca contribuirão para um incremento nos focos de incêndio, especialmente no Pantanal e na Amazônia. Apenas em um único dia, foram registrados 1.476 focos de calor na Amazônia, com um total de 14.388 focos nos primeiros 14 dias de agosto. A expectativa é que a média mensal de queimadas, que costuma ser de 26.218, seja superada devido à continuidade de dias quentes e secos.
Pesquisas indicam que as mudanças climáticas estão intensificando a frequência e a gravidade dessas ondas de calor, sugerindo que o Brasil e outras partes do mundo poderão enfrentar desafios cada vez maiores em relação a esse fenômeno.