A empresa OpenAI, famosa por suas inovações em inteligência artificial, está sob investigação na Áustria. A acusação? Uma violação potencial das normas de privacidade da União Europeia. A ação foi movida pelo grupo de advocacia NOYB, que critica a startup por supostas falhas em corrigir informações incorretas fornecidas por seu chatbot, o ChatGPT.
O ChatGPT se destacou no cenário tecnológico no final de 2022, desencadeando um interesse crescente por inteligências artificiais generativas. Este assistente virtual é capaz de realizar uma série de tarefas, indo desde a geração de resumos de textos até a criação de poemas e ideias para eventos temáticos, imitando de forma eficaz a comunicação humana.
Segundo Maartje de Graaf, advogado especialista em proteção de dados de NOYB, há uma clara dificuldade das empresas em fazer com que tecnologias como o ChatGPT estejam em conformidade com a legislação europeia sobre dados pessoais. “Se o sistema não pode oferecer resultados precisos e transparentes, não deveria ser usado para coletar ou gerar dados sobre pessoas”, afirmou de Graaf.
O pedido formal para investigar o processamento de dados da OpenAI foi direcionado às autoridades austríacas de proteção de dados por NOYB. Eles querem entender melhor quais medidas a OpenAI tem implementado para assegurar a precisão dos dados pessoais processados pelos seus modelos de linguagem.
A própria OpenAI já reconheceu desafios relacionados à precisão das respostas do ChatGPT, admitindo que a ferramenta pode gerar respostas plausíveis, porém incorretas ou sem sentido. Este é um problema reconhecido pela empresa e de difícil solução.