As orcas, grandes mamíferos que podem medir até quase dez metros e pesar 5,5 toneladas, são frequentemente confundidas com baleias. A barbatana dos machos pode alcançar 1,8 metros, a maior entre os cetáceos, de acordo com o World Wide Fund for Nature (WWF). Embora sejam parte da mesma ordem que as baleias, as orcas são, na verdade, um tipo de golfinho.
Os cetáceos, que incluem tanto golfinhos quanto baleias, são mamíferos aquáticos, carnívoros e possuem um par de nadadeiras peitorais e uma nadadeira caudal disposta horizontalmente. O grupo é dividido em misticetos, que incluem as grandes baleias com barbatanas, e odontocetos, onde se encontram as orcas.
Segundo o pesquisador Marcos César de Oliveira Santos, as orcas não têm barbatanas na boca, mas sim dentes, o que as classifica como odontocetos. O termo “baleia-assassina”, que popularizou a ideia de que as orcas são perigosas, deriva da expressão em inglês “killer whale”, utilizada por caçadores de baleias bascos que observaram orcas atacando baleias feridas. Santos ressalta que o uso da palavra “assassino” é inadequado para descrever o comportamento natural das orcas, que se alimentam de peixes, lulas e focas.
Embora o filme “Orca, a baleia-assassina”, de 1977, tenha contribuído para essa imagem negativa, não há registros de ataques fatais de orcas a humanos na natureza. Contudo, em cativeiro, interações com humanos resultaram em fatalidades, frequentemente devido ao estresse causado pela vida em confinamento.