A origem da Pedra do Altar de Stonehenge foi revelada em um recente estudo realizado por cientistas da Curtin University, na Austrália, e da Aberystwyth University, no País de Gales. Este novo trabalho sugere que a pedra, que pesa cerca de 6 toneladas e está localizada no centro do famoso monumento, foi transportada de uma distância impressionante de pelo menos 700 quilômetros, mais especificamente do nordeste da Escócia.
Os pesquisadores publicaram suas descobertas na revista Nature, após uma análise detalhada da composição geoquímica da pedra. Antes desse estudo, acreditava-se que Stonehenge era composto por dois tipos de rochas: os grandes sarsens, originados a aproximadamente 25 quilômetros do local, e as menores pedras azuis, provenientes das colinas de Preseli, no sudoeste do País de Gales.
Os resultados demonstraram que, para levar a Pedra do Altar até o sudeste da Inglaterra, os habitantes da época possivelmente utilizaram embarcações, uma vez que o transporte por terra naquela época era extremamente difícil, devido a florestas densas, montanhas e terrenos pantanosos. Embora os cientistas inicialmente considerassem que a rocha poderia ter sido movida por geleiras, as evidências contradizem essa possibilidade, uma vez que os fluxos de gelo se deslocaram predominantemente para o norte.
Diante das dificuldades que o transporte terrestre implicava, os autores do estudo concluem que a única explicação viável para o deslocamento da pedra é que ela foi transportada por meio de rotas marítimas já estabelecidas na Europa neolítica, onde as pessoas desenvolveram embarcações sofisticadas. O modo como uma rocha desse porte foi levada ao longo da costa da Grã-Bretanha, no entanto, ainda permanece um mistério a ser desvendado.