O clareamento dental tem sido uma tendência cosmética cada vez mais adotada. Entretanto, especialistas alertam para o meticuloso planejamento do procedimento, que deve levar em conta a idade e a saúde individual do paciente. De acordo com Line Bjerklund Pedersen, dentista e chefe do conselho de ética da Associação Odontológica Norueguesa, o clareamento é principalmente para fins cosméticos e pode ser desnecessário, além de potencialmente prejudicial ao esmalte dentário, especialmente em pessoas mais idosas, cujos dentes são mais suscetíveis a danos.
Os dentes possuem naturalmente uma tonalidade levemente amarelada, associada à dentina, que combinada com a transparência do esmalte, conforma a coloração natural dos dentes. Com o passar do tempo, o consumo de certos alimentos e bebidas, além de hábitos como o tabagismo, podem alterar essas cores. O intuito dos procedimentos de clareamento dental é retomar a coloração natural dos dentes através da aplicação de produtos químicos.
Contrariamente à popularidade do procedimento, surgem na internet diversas sugestões de soluções caseiras para o clareamento dental, que mais do que benefícios, podem acarretar riscos à saúde bucal. Tentar clarear dentes que naturalmente mudam de cor com a idade pode ser desafiador e levar a complicações maiores, segundo os profissionais da área.
O esmalte dentário, principal composto dos dentes, é composto majoritariamente por minerais como a hidroxiapatita. Este componente é translúcido, permitindo deste modo a passagem da luz que ilumina a dentina. Aplicar procedimentos de clareamento sem uma avaliação profissional pode comprometer esta camada translúcida, causando danos ao esmalte. Diante do exposto, é essencial destacar a importância de procurar um profissional de odontologia antes de adotar quaisquer medidas voltadas ao clareamento dos dentes.