Paciente recebe primeiro rim suíno modificado nos EUA e tem alta

Paciente recebe o primeiro rim de porco geneticamente modificado e deixa hospital nos EUA, marcando avanço histórico na medicina.

transplante

Em um avanço emocionante para a medicina moderna, a história de Richard Slayman, um homem de 62 anos, marca um momento histórico. No dia 16 de março, Richard se tornou o primeiro paciente humano a receber um rim suíno geneticamente modificado e já recebeu alta do hospital nos Estados Unidos, relatando se sentir mais saudável do que se sentiu em anos.

Por que um rim de porco?

Há décadas, a ciência explora a possibilidade de transplantes de órgãos de animais para humanos, devido às semelhanças estruturais dos órgãos. Contudo, a barreira sempre foi a possível rejeição pelo sistema imunológico humano, que poderia não aceitar bem o tecido animal.

Para superar esse desafio, cientistas realizaram uma modificação genética no rim suíno transplantado para Richard. Neste processo inovador, genes específicos do porco, que poderiam induzir a rejeição pelo corpo humano, foram removidos. Em seu lugar, genes humanos foram inseridos para fazer com que o órgão fosse aceito. Outra medida de segurança foi a inativação de retrovírus endógenos suínos, eliminando riscos de infecção aos humanos.

Uma jornada de pesquisa

Levou cinco anos de pesquisas e múltiplas versões de modificações genéticas até que uma versão final fosse aprovada pelas autoridades sanitárias dos EUA. Essa aprovação abriu caminho para que o transplante fosse realizado com sucesso.

Agora, com a alta de Richard, os médicos continuam monitorando seu progresso de perto. Esse marco na medicina abre a possibilidade para futuras cirurgias do mesmo tipo, oferecendo esperança para muitos pacientes em fila de espera por um transplante de órgão.

A comunidade científica está otimista com os resultados deste procedimento inovador e acredita que abrirá novas portas para salvar mais vidas no futuro, diminuindo a crescente demanda por transplantes de órgãos e auxiliando no combate à escassez de doadores disponíveis.