De acordo com o Atlas da Violência 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Paulo Afonso está em 16º lugar no ranking das cidades baianas com maiores taxas de homicídio. A pesquisa revela que dos 10 municípios brasileiros com as mais altas taxas de homicídios por 100 mil habitantes em 2022, sete estão na Bahia.
Santo Antônio de Jesus lidera o ranking com uma taxa de homicídios de 94,1, seguido por Jequié (91,9), Simões Filho (81,2), Camaçari (76,6), e Juazeiro (72,3). A capital, Salvador, aparece em nono lugar com uma taxa de 66,4, enquanto Feira de Santana ocupa a décima posição com 66,0. Paulo Afonso, com uma taxa de 44,3, fica na 16ª posição.
O ranking completo das cidades baianas com maiores taxas de homicídio é o seguinte:
1. Santo Antônio de Jesus – 94,1
2. Jequié – 91,9
3. Simões Filho – 81,2
4. Camaçari – 76,6
5. Juazeiro – 72,3
6. Salvador – 66,4
7. Feira de Santana – 66,0
8. Eunápolis – 59,8
9. Ilhéus – 59,3
10. Luís Eduardo Magalhães – 58,4
11. Teixeira de Freitas – 57,8
12. Lauro de Freitas – 51,1
13. Alagoinhas – 51,0
14. Porto Seguro – 49,9
15. Itabuna – 47,7
16. Paulo Afonso – 44,3
17. Barreiras – 36,9
18. Vitória da Conquista – 22,1
Os pesquisadores do Atlas da Violência destacam que a disseminação da violência letal na Bahia está ligada à disputa territorial entre facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de grupos locais como o Bonde do Maluco (BDM). Esses conflitos são exacerbados por um “modelo falido de guerra às drogas”, onde a estratégia predominante é o confronto direto, resultando em altos índices de letalidade policial.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que reduzir as mortes violentas é uma prioridade e que, nos últimos sete anos, houve uma redução de 27% no índice de homicídios. No entanto, os dados do Atlas sugerem que a violência ainda é um desafio significativo para o estado, com Salvador e Camaçari liderando em número de tiroteios, conforme o Instituto Fogo Cruzado.