A emissão de gás metano é um dos principais fatores que impulsionam as mudanças climáticas, ocupando a segunda posição entre os gases que mais afetam o meio ambiente, logo após o dióxido de carbono.
Embora diversas fontes, incluindo a indústria de combustíveis fósseis, sejam responsáveis por essa emissão, a pecuária se destaca como uma das maiores fontes, principalmente devido ao metano liberado pelos arrotos das vacas. Cada animal pode emitir cerca de cem quilos de metano anualmente.
Para combater esse problema, um novo projeto liderado por cientistas, incluindo o brasileiro Paulo de Méo Filho, busca desenvolver uma pílula que altere a composição das bactérias intestinais das vacas para que elas emitam menos ou nenhum metano. A pesquisa envolve a coleta de líquido do rúmen de um bezerro chamado Thing 1, com o intuito de identificar os micróbios responsáveis pela transformação do hidrogênio em metano.
Os cientistas esperam que, ao introduzir micróbios geneticamente modificados que absorvam o hidrogênio, possam reduzir a produção de metano sem prejudicar a saúde do animal. Além disso, os bezerros estão recebendo uma dieta com algas marinhas, que também ajuda a diminuir a emissão de metano.
O foco da pesquisa é garantir que a solução funcione sem comprometer o bem-estar dos animais.