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Curiosidades e Tecnologia

Pesquisadora do MIT faz jogo Doom rodar em display de bactérias vivo

Pesquisadora do MIT inova ao rodar Doom em tela de bactérias, revelando novos horizontes para a biotecnologia.

Avatar De Portal Chicosabetudo

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Doom

Imagine poder jogar um jogo icônico como Doom de maneira que você nunca experimentou antes – em uma “tela” feita inteiramente de bactérias. Isso pode soar como a trama de uma ficção científica, mas graças ao talento e à inovação de uma pesquisadora do MIT, agora é uma realidade inesperada.

Lauren “Ren” Ramlan, estudante de doutorado, ultrapassou as fronteiras do convencional ao conseguir a façanha tecnológica de reproduzir o clássico jogo de tiro Doom em uma colônia de bactérias. Utilizando a técnica de biologia sintética, ela modificou geneticamente esses microorganismos para reagirem a estímulos de luz, transformando-os em uma espécie de tela de exibição biológica.

O processo consiste em projetar uma série de luzes na colônia de bactérias, que foram programadas para expressar uma proteína escura em resposta à iluminação. Ao manejar esses padrões de luz, é possível criar uma representação visual do jogo que, embora simplificada, é reconhecível por qualquer fã de Doom.

Essa realização pode parecer apenas um divertido truque de laboratório, mas a verdade é que há implicações muito mais vastas. A técnica evidencia o potencial de usar sistemas biológicos como interfaces de usuário e abre portas para o desenvolvimento de novas formas de displays que, ao invés de basearem-se em tecnologias como o LED ou o OLED, dependem de organismos vivos para transmitir informações visualmente.

Enquanto jogar Doom em uma área de poucos centímetros coberta por bactérias pode não substituir o seu console ou PC de última geração, a demonstração abre uma discussão fascinante sobre o futuro da biotecnologia e como ela pode se integrar às nossas vidas e hobbies.

Do ponto de vista educativo, a iniciativa de Ramlan não apenas ilustra o poder da engenharia genética, como também pode inspirar uma nova geração a explorar o campo da biologia sintética. Ao combinar conceitos de ciência, tecnologia e entretenimento, projetos assim realçam a interdisciplinaridade que está conduzindo muitas das inovações mais interessantes de nossos tempos.

A junção entre jogos eletrônicos e a biologia sintética pode estar no estágio inicial, mas ela aponta para um futuro onde a biotecnologia terá uma participação ainda mais ativa em aspectos antes reservados aos circuitos e telas tradicionais. É um lembrete de que a inovação nasce na interseção do possível e do imaginável, e que as fronteiras entre ciência e divertimento podem ser mais permeáveis do que jamais pensamos antes.

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