A pílula do dia seguinte é um método de emergência muito usado, mas ainda gera muitas dúvidas. Mulheres recorrem a ela após relações sem proteção ou falhas no método contraceptivo. Entender como ela funciona é crucial para usá-la de forma segura.
Ao contrário dos anticoncepcionais contínuos, a pílula do dia seguinte age pontualmente no ciclo menstrual para evitar a gravidez. Sua eficácia depende do tempo de uso e das características de cada mulher. O uso frequente pode trazer riscos à saúde.
O que você precisa saber sobre a pílula do dia seguinte
Pílula do dia seguinte: o que é e por que tem esse nome?
A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência usado após uma relação sexual desprotegida. Sua função principal é evitar a gravidez, inibindo ou retardando a ovulação. Ela também pode dificultar a fertilização ou impedir a implantação do embrião.
O medicamento surgiu nos anos 1960, mas popularizou-se nos anos 1990. No Brasil, chegou no final dos anos 1990 e está disponível em farmácias e postos de saúde. O nome vem de sua maior eficácia quando tomada o mais rápido possível.
A compra não exige receita, e está disponível em dose única ou dois comprimidos. Em postos de saúde, é possível encontrar a pílula de graça, principalmente para vítimas de violência sexual.
Qual a ciência por trás da pílula do dia seguinte? Entenda como ela funciona
A pílula do dia seguinte geralmente contém levonorgestrel, um hormônio sintético que impede ou atrasa a ovulação. Em alguns casos, pode conter acetato de ulipristal, que modula a progesterona e também interfere na ovulação.
Para ser mais eficaz, deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação desprotegida. O ideal é nas primeiras 24 horas, com eficácia de até 95%. Após esse período, a taxa de sucesso diminui, podendo ser usada até 72 horas depois, com eficácia reduzida.
Mesmo com alta taxa de sucesso, ainda é possível engravidar. Isso pode acontecer se a ovulação já ocorreu antes da ingestão ou se houver falha na absorção do medicamento.
Como saber se a pílula do dia seguinte fez efeito?
Não há um sintoma específico que indique se a pílula funcionou. Algumas mulheres podem ter efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e alterações no ciclo menstrual.
Se a menstruação atrasar mais de uma semana, é recomendável fazer um teste de gravidez para descartar a possibilidade.
Quais mudanças a pílula do dia seguinte causa no corpo?
Por ser uma dose alta de hormônio, a pílula pode causar alterações no ciclo menstrual, tornando a menstruação irregular nos meses seguintes. Usuárias relatam efeitos colaterais como tontura, fadiga, dor abdominal, sensibilidade nos seios e alteração no humor.
O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte em excesso?
A pílula do dia seguinte não deve ser usada como método contraceptivo regular. O uso frequente pode causar desregulações hormonais severas, aumentando o risco de efeitos colaterais graves.
Muitas mulheres, por pressão, usam a pílula seguidamente como substituto de métodos contraceptivos. Isso pode levar a complicações sérias, como hemorragias, problemas hepáticos, alterações no endométrio e, em casos extremos, internação ou até óbito.
Portanto, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em emergências. O ideal é investir em métodos contraceptivos regulares, como anticoncepcionais diários ou DIUs, além do uso de preservativos para prevenir DSTs.