As transferências através de Documento de Ordem de Crédito (DOC) deixarão de ser realizadas pelos bancos associados à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a partir das 22h desta segunda-feira (15). O encerramento é impulsionado principalmente pela grandiosa popularidade da modalidade de transferências Pix, que praticamente monopolizou as transações bancárias, tornando outras opções praticamente obsoletas. A Transferência Especial de Crédito (TEC) também entrará em extinção, enquanto a Transferência Eletrônica Disponível (TED) por hora ainda segue ativa.
O Pix foi responsável por 17,6 bilhões de transações no último ano, de acordo com a Febraban. Em contraponto, o DOC foi utilizado apenas 18,3 milhões de vezes no primeiro semestre de 2023. Sendo assim, a data-limite para o agendamento de um DOC é 29 de fevereiro, mecanismo que será definitivamente encerrado após esta data. De acordo com a mesma fonte, o Pix destaca-se ainda mais ao representar cerca de 47% das operações bancárias, contra míseros 0,05% do DOC em 2023.
O Documento de Ordem de Crédito, criado em 1985, deixou de ser relevante com o advento do Pix em novembro de 2020. Diferente deste, o DOC cobra taxas para a realização de transações e não tem a mesma rapidez no processamento das mesmas.
Com praticidade unida à gratuidade, o Pix tem vantagens indiscutíveis sobre o DOC e o TED. Primeiramente, ao contrário destas transferências, o Pix não implica em custos adicionais para o usuário. Em segundo lugar, é um serviço disponível 24 horas por dia, sem restrição de horários comerciais. Em terceiro lugar, o método simplifica o processo de transferência, necessitando apenas de uma chave Pix.
Adicionalmente, o Pix é também utilizado como meio de pagamento em diferentes estabelecimentos comerciais, expandindo sua funcionalidade além de simples transferências entre contas bancárias. E por fim, é um método que possibilita transferências instantâneas, uma vantagem significativa em relação ao DOC e ao TED.
A mudança para o Pix evidencia uma evolução nos hábitos de usuários de serviços bancários, que agora optam por métodos mais eficientes e amplamente adotados, deixando para trás os métodos tradicionais de transação financeira.