Na madrugada desta segunda-feira, uma nave denominada Peregrine foi lançada em direção à Lua, marcando o retorno dos Estados Unidos à exploração lunar após cinco décadas. A último missão norte-americana foi a célebre Apollo, realizada em 1972. O voo inaugural do foguete Vulcan Centaur, desenvolvido pela United Launch Alliance, uma empresa formada pela parceria entre Lockheed Martin e Boeing, foi responsável pelo lançamento da nave, que transportava 20 instrumentos científicos.
Entretanto, após poucas horas de voo, foi relatada uma anomalia que ameaça o sucesso da missão. Segundo comunicado oficial da empresa Astrobotic, operadora do Peregrine, houve problemas após a ativação dos sistemas de propulsão que resultaram em uma falha na orientação da nave em relação ao Sol. As consequências dessa anomalia põem em risco a continuidade da missão, que tinha previsão de alunissagem para o dia 23 de fevereiro.
Informações subsequentes divulgadas pela Astrobotic indicam que a falha pode estar relacionada ao sistema de propulsão do módulo, comprometendo a capacidade de realizar o pouso programado na superfície lunar. A organização reforça que o time responsável pela missão está trabalhando intensamente para resolver a questão e garantir que se obtenham dados adicionais para uma análise aprofundada.
Esta missão não só representa um marco importante para a exploração espacial dos Estados Unidos, retomando sua ambiciosa agenda lunar, mas também é parte de programas estratégicos como o Artemis e o Commercial Lunar Payload Services da NASA, que visam estabelecer a presença de longo prazo na Lua e explorar as possibilidades de parcerias comerciais para futuros projetos.
A Astrobotic enfrenta contestações do povo Navajo, que consideram a Lua um corpo celeste sagrado, em relação ao envio de restos cremados para o satélite natural da Terra. Essa polêmica ilustra os desafios culturais e éticos envolvidos na exploração espacial.
No momento, a situação ainda é incerta e a comunidade científica internacional está atenta aos desdobramentos. Ainda não está claro se a missão poderá ser salva ou se os planos de pouso serão irremediavelmente afetados. A Astrobotic compromete-se a fornecer atualizações à medida que a situação evolui.