As catastróficas inundações que assolam o Rio Grande do Sul não apenas destruíram propriedades e sementes, mas também causaram danos à saúde pública. Duas mortes por leptospirose, doença infecciosa transmitida pela urina de roedores, foram confirmadas pelas autoridades do estado. As vítimas, de 33 e 67 anos, residiam em Venâncio Aires e Travesseiro, respectivamente.
Com o aumento alarmante de casos, os serviços de saúde estão em alerta máximo. O principal fator de risco é o contato com as águas contaminadas das enchentes, que ainda permanecem em grande parte do território gaúcho. A bactéria leptospira, causadora da doença, pode sobreviver na água da chuva e em resíduos úmidos como a lama. Ela penetra no corpo humano através de feridas na pele ou membranas mucosas.
Doença potencialmente fatal
Embora raramente transmitida entre pessoas, a leptospirose pode ser fatal se não tratada adequadamente. Os sintomas, que incluem febre alta, mal-estar, dores musculares, diarreia e náuseas, geralmente desaparecem após alguns dias. No entanto, em cerca de 15% dos casos, a doença pode evoluir para complicações graves como icterícia, problemas renais, torpor e coma.
Diante de qualquer sinal suspeito, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O tratamento envolve o uso de antibióticos e outros medicamentos, pois não existe vacina para humanos, apenas para animais. Os especialistas alertam para a necessidade de manter os cuidados preventivos, evitando o contato com águas e solos contaminados, até que a situação esteja totalmente controlada.