Robôs e IA podem viabilizar transplante de cabeça e corpo

Biólogo apresenta BrainBridge: um ousado projeto para realizar transplantes de cabeça e corpo com robôs e IA. Fase conceitual promete revolução médica.

Texto vazio

A medicina e a tecnologia, por mais avançadas que possam parecer, encontram limites. No entanto, um biólogo-molecular ousou desafiar ambas simultaneamente. Ele propôs o BrainBridge, um projeto ambicioso que visa utilizar robôs e inteligência artificial (IA) para realizar transplantes de cabeça e corpo. O objetivo é proporcionar uma nova vida a pacientes com doenças graves e terminais.

A ideia partiu de Hashem Al-Ghaili, biólogo molecular que ganhou destaque em 2022 por propor a geração de um bebê em útero artificial, conhecido como EctoLife. Seu projeto mais recente, o BrainBridge, é ainda mais ousado. Nele, Al-Ghaili planeja empregar a velocidade dos robôs para preservar a condição cerebral de um indivíduo enquanto sua cabeça é transplantada para um corpo doador compatível.

Na prática, o processo envolveria os seguintes passos: primeiro, os robôs realizariam uma craniotomia no paciente receptor, removendo a calota craniana. Em seguida, os robôs separariam a cabeça do corpo doador. A cabeça do paciente receptor seria então conectada ao sistema circulatório e nervoso do corpo doador, enquanto a antiga cabeça do doador seria removida.

Desde o anúncio, a comunidade científica e médica permaneceu relativamente quieta sobre o BrainBridge. Uma proposta anterior de transplante de cabeça e rosto havia sido apresentada, com expectativa de ser realizada até 2017, mas isso não se concretizou, o que pode ter gerado descrença em torno da ideia. O site do projeto deixa claro que, por enquanto, o BrainBridge ainda está em “fase conceitual”.