Saiba como prevenir o VSR, vírus responsável por 75% das bronquiolites em bebês

A Bahia está registrando um aumento nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causados pelo vírus respiratório, com 118 casos e dois óbitos entre 1º e 13 de abril deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A SRAG é causada pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que é o principal agente causador de infecções do trato respiratório de bebês de até dois anos, responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias nessa faixa etária.

A incidência da doença é sazonal e mais frequente nos meses mais frios e chuvosos no Brasil. Lactentes com menos de seis meses de idade, principalmente prematuros, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas são a população de maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave.

Especialistas discutiram medidas de prevenção ao VSR em um evento realizado nesta terça-feira, 25, em Salvador. Segundo a pediatra e coordenadora da Neonatologia da Maternidade José Maria de Magalhães Neto, Tereza Paim, as notificações de SRAGs provocadas pelo VSR são um reflexo do fim do isolamento e da flexibilização das medidas voltadas ao combate da Covid-19, como o distanciamento social e uso de máscaras.

Em relação à exposição ao VSR, a neonatologista ainda apontou que os responsáveis por crianças em idade escolar devem redobrar os cuidados quando apresentarem sintomas gripais, além de continuar com as medidas de prevenção adotadas durante a pandemia.

Ainda não existe vacina contra o VSR, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o medicamento Palivizumabe, que é indicado para bebês prematuros extremos, aqueles com cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica. O fármaco é um anticorpo monoclonal que ajuda a proteger os bebês contra o VSR.

Diante do aumento de casos de SRAG causados pelo VSR, é importante que os responsáveis pelas crianças redobrem os cuidados com a higiene e mantenham as medidas de prevenção contra a Covid-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social, para evitar a propagação do vírus. Além disso, é fundamental que os pais levem seus filhos para avaliação médica em caso de sintomas gripais persistente ou febre, a fim de evitar complicações e garantir um tratamento adequado.