Sistema antimísseis THAAD é enviado para Israel em resposta ao Irã

O envio do sistema THAAD pelos EUA a Israel visa reforçar a defesa do país contra mísseis balísticos.

(Imagem: Naeblys / Shutterstock.com)

Os Estados Unidos enviaram uma bateria do sistema de defesa antimísseis THAAD (Terminal High-Altitude Area Defense) para Israel. Essa ação foi decidida após recentes ataques atribuídos ao Irã, com o objetivo de reforçar a defesa israelense contra mísseis balísticos. O sistema THAAD é reconhecido como uma das tecnologias de interceptação de mísseis mais avançadas, capaz de atingir alvos a até 200 quilômetros de distância. Esta operação destaca a importância estratégica da aliança entre os EUA e Israel, especialmente em um contexto de aumento de tensões na região.

A inclusão do THAAD se somará às já eficientes defesas do país, que contam com o Domo de Ferro e o Arrow 3. O funcionamento do THAAD envolve o uso de radares avançados e interceptores cinéticos, que neutralizam mísseis na fase terminal de seu voo. Diferente de outros sistemas, o THAAD permanece preciso sem a necessidade de explosões próximas ao alvo, favorecendo um impacto direto. As taxas de sucesso do sistema são quase perfeitas, conforme demonstrado em testes anteriores.

Uma bateria do THAAD inclui seis lançadores móveis, cada um capaz de transportar oito interceptores, além de um sistema de radar sofisticado e módulos de controle de fogo e comunicação. Essas baterias podem ser rapidamente transportadas por aeronaves de carga da Força Aérea dos EUA, como o C-17 e C-5. O envio do THAAD a Israel destaca o compromisso estratégico do governo Joe Biden com o estado israelense, sendo este o segundo envio do sistema, o primeiro tendo ocorrido em 2019 para treinamentos militares. Israel já conta com diversas camadas de defesa, incluindo o David’s Sling e os sistemas Arrow, e agora o THAAD se junta a essas capacidades. Especialistas afirmam que o THAAD terá um papel crucial na defesa de Israel contra possíveis ataques balísticos, atuando como um reforço adicional contra ameaças futuras. A precisão do sistema é assegurada pelo radar AN/TPY-2, que pode operar em dois modos: um avançado, para detectar mísseis a até 3.000 quilômetros, e um terminal, para rastrear alvos na descida. Esse radar é fundamental, já que a distância entre o Irã e Israel é de aproximadamente 1.700 quilômetros.

O uso do THAAD não se limita a Israel. O sistema já foi implementado em Guam, protegendo bases militares americanas de ameaças da Coreia do Norte e da China, e na Coreia do Sul, em 2017, frente a ameaças balísticas do Norte. No entanto, a implementação na Coreia do Sul gerou reações adversas da China, que temia que o radar do THAAD fosse utilizado para espionagem.