O Allegiant Stadium em Las Vegas, sede do Super Bowl LVIII deste domingo, optou por substituir seu campo danificado por um novo gramado natural importado da Califórnia, em uma decisão que vai contra a tendência de se utilizar grama sintética. Esta escolha reflete as preocupações relativas à segurança dos jogadores, destacadas pela associação de jogadores da NFL (NFLPA), que demonstrou sua preferência por campos naturais em uma escala impressionante de 92%. A controvérsia em volta da segurança dos campos artificiais se intensificou após vários incidentes de lesões graves em jogos anteriores, culminando em um debate acalorado sobre o futuro do uso da grama sintética no esporte.
A argumentação da NFLPA contra a grama sintética baseia-se em estudos que indicam um aumento no risco de lesões, contrapondo-se aos fabricantes de grama artificial que a defendem como uma opção mais segura devido a pesquisas apontando para um menor risco de lesões. Esse diálogo tem levado a um questionamento mais amplo sobre o impacto desses campos no bem-estar dos atletas, reforçado por episódios significativos de lesões em jogadores renomados como Odell Beckham Jr., do Baltimore Ravens, e Aaron Rodgers, do New York Jets.
A complexidade do assunto é acentuada pelo fato de que atualmente, dos 30 estádios usados pelos 32 times da NFL, metade possui grama natural híbrida enquanto a outra metade conta com grama artificial. A grama sintética, constituída primariamente por grânulos de plástico e polímeros como polietileno, polipropileno ou nylon, é conhecida por sua durabilidade e menor necessidade de manutenção. Ela também inclui aditivos para proteção contra raios UV e é reforçada com fibras de poliéster para aumentar a resistência, sendo portanto uma opção viável para muitos administradores de estádios que buscam praticidade.
Apesar de suas vantagens operacionais, o debate ainda persiste, não apenas nos EUA, mas também em outros países, incluindo o Brasil, onde campos de futebol profissional com grama sintética têm sido criticados após casos de lesão. O Super Bowl LVIII, que destacará a competição entre o Kansas City Chiefs e o San Francisco 49ers, promete ser não apenas um espetáculo desportivo, mas também um ponto de reflexão sobre esta questão premente. A partida está agendada para as 20h30 (horário de Brasília) e será transmitida ao vivo por diferentes canais e serviços de streaming, reafirmando sua relevância não apenas no campo esportivo, mas também como um evento cultural e tecnológico significativo para fãs em todo o mundo.
