Estudos recentes revelam que o aquecimento da Terra está ocorrendo a uma taxa sem precedentes desde o início dos registros de temperatura no século XIX. O professor Ed Hawkins, da Universidade de Reading, explica que, desde o século XX, o impacto humano nas mudanças climáticas tem sido objeto de estudo.
A primeira observação do fenômeno foi feita em 1933 por Joseph Kincer, e em 1938, Guy Callendar notou um aumento de 0,3 °C nas temperaturas da Terra entre 1888 e 1938. No entanto, nos últimos 60 anos, essa elevação atingiu 1 °C, evidenciando um aquecimento acelerado do planeta.
Gráficos que representam a variação anual de temperatura mostram que a maioria dos anos recentes está acima da média histórica de 1850 a 2023. Embora Kincer não tenha apontado razões para o aquecimento, Callendar atribuiu parte do fenômeno ao aumento do dióxido de carbono na atmosfera, resultante da queima de carvão.
Atualmente, a taxa de aquecimento é principalmente influenciada pelas emissões de gases de efeito estufa. Se essas emissões aumentam, a taxa de aquecimento se acelera; se diminuem, o aquecimento continua, mas em um ritmo mais lento.
Desde 1970, a taxa média de aquecimento tem sido de 0,2 °C por década, muito mais rápida do que em períodos anteriores. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, e as previsões indicam que 2024 poderá ser ainda mais quente. A expectativa é que as temperaturas superem 1,5 °C acima dos níveis da revolução industrial ainda nesta década, o que ressalta a urgência de ações concretas para limitar o aumento da temperatura global a 1,6 °C ou 1,7 °C.