Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA apresentou novas observações que reafirmam uma das questões mais intrigantes da cosmologia: a expansão do Universo não é uniforme. Este fenômeno, conhecido como “tensão de Hubble”, foi identificado pela primeira vez em 2019 pelo Telescópio Hubble e, desde então, a comunidade científica vem tentando entender suas implicações.
As novas medições, realizadas entre 2023 e 2024, revelaram uma taxa de expansão de 72,6 km/s/Mpc, que contrasta com a estimativa de 67 km/s/Mpc obtida por meio da radiação cósmica de fundo, conforme dados do satélite Planck. Adam Riess, que lidera o novo estudo aceito pelo The Astrophysical Journal, destaca que essa diferença reflete uma característica essencial do Universo, não um erro de medição.
O uso de variáveis Cefeidas na pesquisa trouxe maior precisão, com uma margem de erro de apenas 2%, comparada aos 8% do Hubble. As explicações para essa discrepância incluem a possibilidade de propriedades desconhecidas da matéria escura ou alterações nas leis da física.