Lá no topo da montanha Haleakalā, no Havai, um gigante da ciência está de olho no Sol. É o Telescópio Solar Daniel K. Inouye, ou DKIST para os íntimos. Ele é o maior telescópio solar do mundo e tem uma missão importantíssima: ajudar a gente a prever o que o Sol vai lançar em nossa direção, como ventos e jatos de energia.
Uma Nova Visão do Sol
Recentemente, o time por trás do DKIST apresentou uma novidade que deixou todo mundo animado. Chegou a Visible Tunable Filter, ou VTF. Essa câmera superpotente levou dez anos para ficar pronta. Dá para imaginar quanto trabalho?
O Dr. Thomas Kentischer, um dos cérebros por trás do projeto óptico, comemorou muito. “Depois de todos esses anos de trabalho, o VTF é um grande sucesso para mim”, disse ele. A esperança é que a VTF se torne uma ferramenta chave para entender a física solar.
Detalhes Incríveis
E que detalhes ela consegue ver! A nova câmera fala em aproximadamente 10 quilômetros por pixel na superfície do Sol. Para a astronomia, isso é como ter uma lupa olhando para algo a milhões de quilômetros de distância. É uma qualidade de imagem impressionante!
As primeiras fotos da VTF já estão falando. Elas mostram aglomerados de manchas solares. Sabe aquelas marcas escuras no Sol? Elas são causadas por campos magnéticos super fortes que vêm lá de dentro da estrela. E cada uma dessas manchas? Elas são comparáveis ao tamanho dos continentes da Terra!
Não é à toa que Matthias Schubert, cientista principal do projeto, fez uma comparação forte. “A importância da conquista tecnológica é tanta que se poderia facilmente argumentar que o VTF é o coração do Telescópio Inouye, e ele está finalmente batendo em seu lugar definitivo”, disse ele.
Mais do que uma Foto
Mas a VTF vai muito além de tirar uma simples foto. Ela consegue captar vários tipos de luz, os comprimentos de onda. E tem mais: ela registra informações sobre como a luz se orienta, algo que chamamos de polarização.
“Ver aquelas primeiras varreduras espectrais foi um momento surreal”, contou a Dra. Stacey Sueoka, engenheira óptica sênior. Segundo ela, nenhum outro instrumento no telescópio consegue fazer isso da mesma forma.
Esses dados todos ajudam os cientistas a falar detalhes da superfície do Sol, dos campos magnéticos e do plasma que seriam invisíveis sem a VTF. Com essa ajuda, a ciência consegue ficar mais alerta para os ventos solares e os perigos que eles podem trazer.
O Que Vem Por Aí
As imagens que vimos são só o começo da VTF no DKIST. O plano agora é continuar fazendo testes e ajustar tudo para que o telescópio possa operar com toda a sua capacidade a partir do próximo ano.