Utilizando o Telescópio Espacial James Webb, os astrônomos investigaram o resfriamento extremo do gás no aglomerado Fênix, um conjunto de galáxias mantido pela gravidade e localizado a cerca de 5,8 bilhões de anos-luz da Terra. A ferramenta permitiu detectar o gás com aproximadamente 300 mil graus presente em cavidades que delimitam as regiões de gás extremamente quente e resfriado.
O estudo mostrou que, mesmo com um buraco negro supermassivo no núcleo que, teoricamente, manteria o gás aquecido, o aglomerado conseguia formar estrelas, evidenciando uma taxa surpreendente de criação estelar. A sensibilidade aprimorada do instrumento MIRI ajudou a localizar a assinatura do néon no médio-infravermelho, superando limitações de pesquisas anteriores.
Pesquisadores, como Michael McDonald e Michael Reefe, destacaram que a descoberta possibilitou identificar o gás “morno”, elemento essencial para a formação estelar. Essa técnica, comprovada pelo JWST, deve ser aplicada em futuras investigações de outros aglomerados galácticos, conforme publicado em 5 de fevereiro na Nature.