Em 2022, Alagoas registrou 111 mortes por afogamento, segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). Este número indica que, em média, ocorre uma morte a cada três dias no estado devido a afogamentos.
Predominantemente, as vítimas são do sexo masculino, com uma taxa de mortalidade seis vezes maior em comparação às mulheres. No período de janeiro a abril deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) contabilizou 64 ocorrências de afogamento.
Um estudo longitudinal de 44 anos revelou que a taxa de mortalidade por afogamento em Alagoas era de 3,3 por 100 mil habitantes, valor que se alinha com a média de outras unidades da Federação. Observando os últimos 25 anos, houve uma redução de 38,44% nos casos de afogamento no estado, de acordo com a análise que compara as taxas de mortalidade de dois períodos: 1998 a 2009 e 2010 a 2022.
A pesquisa mostrou que 21 estados brasileiros apresentaram redução nos números de óbitos por afogamento, enquanto apenas dois estados tiveram aumento. As maiores reduções foram observadas em São Paulo (68%), Distrito Federal (67%) e Rio de Janeiro (63%).
No contexto nacional, a Sobrasa destaca que, em 2022, foram registrados 5.488 óbitos por afogamento no Brasil, uma média de 15 mortes diárias. A prevalência de afogamentos é especialmente significativa entre crianças e jovens, sendo a segunda principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos e a quarta entre os de 5 a 24 anos.
O relatório também ressalta a importância dos guarda-vidas na prevenção de afogamentos, evidenciando que a supervisão adequada pode diminuir significativamente os riscos em ambientes aquáticos. A falta de conscientização sobre os perigos das águas é apontada como uma das principais causas das mortes por afogamento.