Nesta quinta-feira (17), a Universidade de Brasília (UnB) aprovou a criação de cotas destinadas a pessoas trans, estabelecendo uma reserva de 2% das vagas nos mais de 130 cursos de graduação da instituição. A medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), abrangendo travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos e pessoas não-binárias.
As cotas estarão disponíveis a partir do vestibular de agosto de 2025, permitindo o ingresso já no primeiro semestre de 2026. Outras formas de ingresso, como a seleção via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também seguirão essa nova política de inclusão.
Segundo o decano de Ensino de Graduação da UnB, Diêgo Madureira, as vagas reservadas serão ocupadas por pessoas trans que não atingirem a classificação na ampla concorrência. Caso não haja preenchimento dessas vagas, elas serão redistribuídas.
Estudos indicam que apenas 0,3% da população trans no Brasil tem acesso ao ensino superior. A UnB se junta a outras universidades federais que já adotaram políticas semelhantes, como a UFABC e a UFBA, fortalecendo seu compromisso com a diversidade e inclusão.
