Na quarta-feira (24), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), através de seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), aprovou a política de cotas para travestis e transexuais. A nova política será implementada em 2025 e valerá para todos os cursos, turnos e campus da universidade.
Segundo a proposta, 3% das vagas supranumerárias serão reservadas para pessoas que se autodeclararem travestis ou transexuais. Essas vagas não afetarão as da ampla concorrência ou outras políticas de cotas. A seleção será realizada com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em edital específico da universidade.
O processo de aprovação envolveu ampla participação de movimentos sociais, sindicatos e grupos de estudantes. Joyce Alves, pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis e primeira pessoa trans a ocupar tal cargo na universidade, destacou a importância dessa política, citando sua trajetória pessoal de luta pela inclusão na UFRRJ.
O anúncio da aprovação, feito pelo reitor Roberto Rodrigues, foi recebido com entusiasmo por pessoas trans, estudantes e servidores presentes. A estudante Mabel Almeida, emocionada, afirmou que a medida ajudará na luta contra o preconceito. Representantes dos sindicatos e de movimentos sociais também expressaram seu apoio.
Com a implementação da medida, a UFRRJ se junta a outras 16 universidades públicas que já adotaram políticas semelhantes. A pró-reitora Joyce Alves reforçou o impacto positivo que essa política pode ter na inclusão social e empregabilidade da comunidade trans na Baixada Fluminense.