Em reunião realizada nesta segunda-feira (15/1), técnicos do Ministério da Saúde discutiram estratégias para a vacinação contra a dengue no Brasil. Foi determinado que, preferencialmente, o imunizante será aplicado em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Essa decisão se deve à limitação na quantidade de doses disponíveis.
O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PIN), Eder Gatti, explicou que as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) influenciaram na decisão. Ele destacou a necessidade de equilibrar a distribuição da vacina em todo o território nacional, visando o melhor resultado epidemiológico.
A vacina, incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023, é produzida pela Takeda Pharma Ltda. e conhecida como Qdenga. Eder Gatti ressaltou que a estratégia de vacinação ainda será definida em conjunto com as secretarias estaduais e municipais. Ele enfatizou a complexidade de definir uma estratégia detalhada sem a colaboração desses órgãos.
O Qdenga, aprovado no Brasil em março do ano passado, requer duas doses para total proteção e não é produzido em larga escala. A Takeda Pharma Ltda. garantiu a entrega de 5,2 milhões de doses para 2024, permitindo a vacinação de pouco mais de 3 milhões de pessoas. As doses serão distribuídas de forma cadenciada ao longo do ano, entre fevereiro e novembro.