Vapes aumentam risco de doenças do coração, revela pesquisa

Cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, tornaram-se uma tendência moderna, especialmente entre os jovens. Com um design que lembra uma unidade de pen drive, esses dispositivos funcionam por meio de uma bateria, aquecendo um líquido até que se transforme em vapor, que é então inalado pelo usuário. Este líquido geralmente contém nicotina, aromatizantes e outras substâncias químicas.

Apesar de inicialmente serem considerados como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo e possivelmente uma ferramenta para ajudar a parar de fumar, estudos recentes estão apontando para riscos significativos à saúde associados ao seu uso, em particular ao coração. Os vapes chegaram aos Estados Unidos no final dos anos 2000 e ganharam popularidade no Brasil nos últimos cinco anos.

Os Riscos à Saúde

Um estudo divulgado na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology revelou uma ligação preocupante entre o uso dos vapes e o aumento do risco de desenvolver insuficiência cardíaca e outras doenças cardíacas. Esse estudo é considerado um dos mais abrangentes no assunto até o momento.

Como os vapes são produtos relativamente novos no mercado, ainda existe uma série de questões não respondidas sobre seus efeitos a longo prazo. Contudo, a mensagem dos médicos é clara: a melhor escolha para a saúde é evitar fumar qualquer substância.

A Questão Legal e o Público Jovem

No Brasil, apesar de serem proibidos desde 2009, os vapes estão disponíveis tanto em versões descartáveis quanto reutilizáveis, com preços que variam consideravelmente. Nos Estados Unidos, a variedade de preços e capacidades de tragadas também é ampla.

O crescente apelo desses dispositivos entre os jovens é uma das principais preocupações para os profissionais da saúde, pois representa uma geração que pode enfrentar problemas graves de saúde prematuramente se as pesquisas atuais estiverem corretas.

Diante desses riscos à saúde e da popularidade dos vapes, governos ao redor do mundo estão se movimentando para regular a venda e o uso desses dispositivos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou uma consulta pública sobre o tema, com conclusões que devem ser divulgadas em breve.

As informações são do Medical Xpress, destacando a importância de estarmos bem informados sobre os riscos associados ao uso dos vapes, especialmente considerando sua popularidade nas gerações mais jovens.