O WhatsApp, conhecido por sua popularidade global, consegue identificar a localização real de seus usuários através dos números de telefone cadastrados. Isso permitiu uma descoberta intrigante: o aplicativo ainda é amplamente utilizado em países onde seu uso é oficialmente proibido.
Segundo informações da BBC, o mensageiro está atualmente banido em países como Irã e Coreia do Norte, enfrentando bloqueios esporádicos também na Síria, Senegal e Guiné. Recentemente, a China proibiu que o app fosse baixado por usuários de iPhone através da Apple Store. Esta decisão foi destacada como lamentável por Will Cathcart, chefe da plataforma, que comentou sobre as limitações impostas pelo governo chinês ao serviço.
No entanto, a proibição não afeta usuários de dispositivos Android, que ainda podem instalar o WhatsApp através de fontes não oficiais. Em outros países com restrições similares, Cathcart revelou que o uso de redes virtuais privadas (VPNs) e o serviço recentemente lançado de proxy do WhatsApp têm permitido a continuidade do acesso ao app.
Cathcart expressou orgulho pelo compromisso do WhatsApp em fornecer uma comunicação segura e privada, livre de vigilâncias autoritárias e censura governamental. No entanto, ele também expressou preocupação com as pressões governamentais contínuas contra a criptografia de ponta a ponta, inclusive no Reino Unido, onde há propostas para que a polícia tenha acesso a mensagens em investigações criminais.
A questão da privacidade tem sido uma bandeira levantada por Cathcart, principalmente para esclarecer a importância e o funcionamento da criptografia de ponta a ponta. Essa tecnologia é um dos pilares para a proteção das conversas dos usuários, garantindo que somente as pessoas na conversação possam ler o que é enviado, sem interferências externas.
Apesar das adversidades e das restrições em alguns países, o WhatsApp continua sendo uma ferramenta crucial de comunicação para milhões de pessoas ao redor do mundo, demonstrando seu poder e relevância mesmo sob condições adversas.
