A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, começou a ser suspensa no Brasil na madrugada deste sábado (31), em cumprimento a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Relatos de usuários das operadoras Vivo, Claro e Oi indicam que o serviço começou a ser interrompido por volta da 0h10.
A suspensão foi ordenada na última sexta-feira (30) e permanecerá em vigor até que a plataforma cumpra as ordens judiciais pendentes, incluindo o pagamento de multas e a indicação de um representante no país. Apesar da suspensão, alguns usuários ainda conseguiam acessar o X até a última atualização desta reportagem.
O site Downdetector, que monitora interrupções de serviços online, registrou um aumento significativo no número de reclamações sobre o X a partir da meia-noite. O processo de bloqueio não é imediato, pois as operadoras precisam impedir o acesso a todos os servidores da rede social, tanto os acessados por navegadores quanto aqueles utilizados em dispositivos móveis.
Nas primeiras horas da suspensão, alguns usuários relataram que, ao tentar acessar o X, o layout da plataforma era carregado, mas sem exibir postagens ou perfis. Estima-se que o X tenha cerca de 20 milhões de usuários no Brasil, um dos seus principais mercados.
Às 3h46, Elon Musk, proprietário da rede social, criticou a decisão em uma publicação no X, acusando Moraes de ser um “ditador” e afirmando que o ministro deveria seguir as leis do Brasil.
Além da suspensão do X, Moraes havia ordenado o bloqueio de aplicativos de VPN, que permitem contornar restrições de acesso à rede social. Posteriormente, a ordem foi ajustada para restringir apenas o uso de VPNs para acessar o X, com multas de R$ 50 mil para quem descumprir a determinação. A OAB anunciou que pretende questionar a legalidade desta multa no STF.