A Zap Energy, liderada por Benj Conway, está empenhada em desenvolver a energia de fusão nuclear em larga escala. Recentemente, a empresa arrecadou US$ 130 milhões para o seu novo projeto, o dispositivo Century, que utiliza uma abordagem inovadora de Z-pinch estabilizado por fluxo cisalhado, comprimindo o plasma com um raio elétrico, em vez de métodos tradicionais como ímãs ou lasers.
Embora o National Ignition Facility (NIF) tenha alcançado o “ponto de equilíbrio” em suas reações de fusão, Conway enfatiza que o NIF é mais um experimento científico do que uma solução comercial. A Century, que tem o tamanho de um ônibus de dois andares, visa investigar a física da fusão e desenvolver tecnologias para sua aplicação comercial.
Para se tornar uma usina de energia, a Zap Energy precisa cumprir três marcos: gerar pulsos de alta tensão continuamente, demonstrar a tecnologia ao Departamento de Energia e garantir a resistência dos eletrodos nas condições da fusão. A empresa planeja aumentar a eletricidade na Câmara de Reação para 100 quilowatts até o próximo ano, com a expectativa de construir uma usina de demonstração na próxima década e usinas comerciais até o início dos anos 2030.
Conway também menciona que a fusão nuclear deve enfrentar desafios que vão além da física, como a necessidade de ser competitiva em custo em relação a outras fontes de energia.