‘A gente escolheu esse lugar com muito amor’: Anavitória abre nova turnê na Bahia

Era 2 de setembro de 2016, quando Ana Caetano e Vitória Falcão fizeram o show de estreia do primeiro e recém lançado disco do Anavitória, em Salvador, para um público de 500 pessoas. Dois anos se passaram e, na mesma data, neste domingo (2), a dupla retorna à cidade com a turnê do segundo álbum, “O Tempo é Agora”, em única apresentação para uma plateia dez vezes maior, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

Um dia antes, elas abrem a nova temporada em Feira de Santana. Isso poderia ser mera coincidência, mas para o duo tudo faz muito sentido. “Foi super intencional. A gente é muito ligada nas datas das coisas especiais que acontecem com a gente. Nesse 2 de setembro de 2016 a gente começou a turnê de nosso primeiro disco e foi nosso primeiro show com banda. Eu lembro que a gente não estava esperando nada, foi muito sem expectativa, e aí a gente chegou lá no [Teatro] Jorge Amado e tinha 500 pessoas cantando o disco inteiro! Foi muito bom começar a turnê com o pé direito, sabe?”, lembra Ana Caetano, a morena do Anavitória, responsável pelas composições do duo. “Foi a primeira coisa que a gente pensou. Era pro primeiro show ser em Salvador, mas acabou que não deu certo, então a gente disse que queria que a estreia fosse na Bahia, porque a gente tem um carinho muito grande. Além desse motivo da data, a gente acha o lugar muito energizado e queria se energizar pra começar a turnê. É uma fase nova, é tudo diferente, a gente vai começar a aprender a fazer o show de novo, então acho que vai ser bom”, conta a artista.

Neste clima de virada de página, com 11 faixas inéditas e autorais, o CD “O Tempo é Agora” nasceu um dia após o lançamento surpresa do “Ana e Vitória”, longa-metragem autobiográfico que conta a história do duo com pitadas de ficção. “A ideia de fazer o filme foi do Felipe Simas, nosso empresário. Mas aí, eu e a Vi [Vitória] tivemos a ideia de fazer com as nossas músicas, pra atrelar mais ainda o que a gente é. Porque a gente não é atriz, a gente é cantora, e pra fazer mais sentido assim na nossa cabeça, a gente disse: ‘pô, vamos fazer, então tá, a gente topa fazer um filme, mas um filme com a nossa trilha”, conta Ana, revelando que o projeto foi pensado antes mesmo do primeiro disco existir, mas era inviável na ocasião. “A gente não sabia naquele momento fazer. Um filme leva um tempo pra fazer, leva um investimento, enfim, uma energia toda. E aí a gente resolveu fazer isso no segundo disco”, explica a cantora. De acordo com ela, o processo, desde a concepção até o filme chegar aos cinemas, levou oito meses, mas a parte mais “mão na massa” foi bem rápida. “De preparação e gravação foi um mês só. A gente foi pro Rio de Janeiro, fez uma semana de preparação e três semanas intensas de gravação. Foi muito ligeiro!”, lembra Ana, contando que a equipe se divertiu muito e que ela e Vitória ajudaram a dar a “cara” do duo durante o processo. “O roteiro é do Matheus Souza, só que a gente deu nossos ‘pitaquinhos’ pra ficar mais no nosso jeito de falar, pra adaptar o nosso sotaque, essas coisas”, lembra.