Andressa Urach, de 34 anos, apareceu aos prantos em uma live realizada no YouTube. Na transmissão, que durou mais de 90 minutos, a ex-vice Miss Bumbum falou sobre o diagnóstico de transtorno de personalidade borderline e a sua relação com a doença, a qual ela resistiu tratar no início por questões religiosas, após ter tido uma nova crise.
“Hoje estou bem triste, com muita vontade de chorar. O domínio próprio é algo bem difícil para o borderline… Durante muitos anos, eu resisti ao tratamento médico e tinha uma fé burra, achava que poderia ser o demônio. Lutava contra mim mesma… Minha mãe e meu marido não aceitavam minha doença. Eu passei seis anos na igreja, e passei por uma decepção muito grande com eles. Foi muito difícil pra mim porque eu amava. Sabe quando algo é sua razão de viver? Essa ruptura, esse mal que aconteceu, quase me levou à loucura”, disse ela, que afirmou ter problemas de relacionamento com amigos e o marido por causa da doença.
A modelo ainda disse que se entregou ao fanatismo religioso, o que prejudicou o seu tratamento. “Tudo que é demais é ruim na nossa vida. Precisa ter equilíbrio. Eu mergulhei no fanatismo da religião e me excluí do mundo. Tinha tanto medo de pecar contra Deus. Tinha medo de ir ao médico porque muitas vezes a gente é orientado que alguns problemas e doenças são demônios. Eu sei que existe o mundo espiritual, acredito nisso, mas nem tudo são espíritos. Tem coisa que realmente é o nosso corpo, nosso organismo e nossas células. Eu sofria esse preconceito, tinha medo de explodir com as pessoas e dar mau testemunho. Eu continuo amando Jesus e acredito em milagres, mas nem sempre eles acontecem. Algumas pessoas pedem e não recebem. Então não é adequado não tomar medicação, não é uma fé inteligente colocar a saúde em risco”, desabafou em outro trecho da live.
Também chamado de transtorno de personalidade limítrofe, a doença é caracterizada por humor, comportamentos e relacionamentos instáveis. Os sintomas incluem instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas. O tratamento deve ser feito com ajuda médica.