Há três décadas, um crime chocava o Brasil: a atriz Daniella Perez (1970-1992) foi encontrada morta, com perfurações pelo corpo provocadas por uma faca, inclusive no coração. A identidade do criminoso causou ainda mais perplexidade: Guilherme de Pádua (1969-2022), seu colega de cena em De Corpo e Alma (1992), foi acusado e sentenciado pelo crime.
O ator, que recebeu a assistência da ex-companheira, Paula Thomaz, ficou detido entre 1993 e 1999. Pádua se tornou pastor e teve uma vida discreta, mas voltou aos holofotes com o documentário Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, que narra como aconteceu o crime. Ele faleceu devido a uma parada cardíaca no dia 6 de novembro, aos 53 anos.
Conforme a astróloga Mônica Buonfiglio, a alma da filha de Gloria Perez encontrou a plena paz, enquanto o espírito de Guilherme ainda tem pendências a resolver. “Para mim, é uma punição eterna”, disse ela à imprensa.
A perspectiva de Mônica é embasada na filosofia de São Tomás de Aquino, de acordo com a qual os humanos, após a morte, atravessam um túnel determinado pelas ações cometidas em vida. Se as ações forem boas, o caminho é breve e a pessoa logo encontrará a luz.
“A conversão dele não ajuda em nada. A astróloga revelou o receio de Pádua antes de seu ataque cardíaco e justificou: ele sabia que tinha contas a acertar com o plano espiritual”.
“Muitas pessoas até mesmo apontaram que a morte de Guilherme seria uma consequência de questões cármicas, pois ele perfurou o coração de Daniella. Não é bem isso. O termo “carma” significa ação e consequência. Ele se concentrava na Gloria, não na Daniella”, disse a vidente.
A astróloga menciona que a data da morte de Pádua (6 de novembro) é a mesma do lançamento da novela de Gloria Perez Explode Coração (1995), o que demonstra essa ligação. Além disso, o final da história do assassino ocorreu enquanto outra novela da autora, Travessia, estava sendo transmitida. “Essas revelações ficam bem interessantes. Talvez [essa parte] tenha sido consequência de ações passadas”, analisa ela.
A atriz não era o foco, mas quem levou a pior foi ela. A morte de Pádua não teve a ver com a atriz, mas ainda, sim, a impactou. “O espírito é onisciente. “Uma alma que já não está mais aqui há tanto tempo, receber a notícia de que a sua morte foi causada pelo coração, ela pode até ter previsto isso”, arrisca Mônica.
Daniella e Guilherme não se cruzaram em nenhum plano astral, no entanto. A principal explicação é que a garota passou pelo túnel rapidamente, enquanto o homicida ainda estava preso ali. “Ela está em uma nova etapa, em um local bem distinto. Ela já está em um nível mais elevado de desenvolvimento que ele”, assegura.
O que aconteceu com a alma de Daniella?
A alma de Daniella Perez, segundo a sensitiva, enfrentou alguns problemas no começo. Antes de Pádua ser liberto, em 1996, o espírito da atriz ficou perturbado. Mônica percebeu o incômodo e até chegou a alertar Gloria.
“Vi Dani batendo as mãos nas pernas, muito brava, muito frustrada, porque ele seria liberto. E assim aconteceu, ele foi liberto muito depressa. “O espírito tem essa ideia de que tudo pode ser resolvido e que tudo ficará bem”, relata.
Daniella acabou perdoando seu assassino, apesar de tudo. “Era sua natureza. A essência dela é boa, é pura. Ela é uma pessoa bondosa. Tudo o que é ruim, pesado, doloroso, triste, invejoso… Fica na dimensão material. Ela perdoou do jeito que perdoaria qualquer ato de qualquer ser humano. “Ela encontra-se em estado de tranquilidade”, assegura a astróloga.