Leonardo, através de sua assessoria de imprensa, se manifestou publicamente em relação às acusações de uso de trabalho escravo na Fazenda Talismã, localizada no município de Jussara, no interior de Goiás. De acordo com a nota enviada ao G1, a assessoria informou que parte da propriedade do cantor está arrendada para um terceiro, que utiliza o espaço para o plantio de soja.
O comunicado destacou que o cantor não tinha conhecimento das atividades realizadas pelo arrendatário e que, no momento em que foi informado sobre a situação, tomou todas as providências para se defender. “Não é do Leonardo. O Ministério do Trabalho fez esse processo e o Leonardo se defendeu com todas as provas”, informou a assessoria.
O Ministério do Trabalho realizou uma inspeção no local, onde foram encontradas seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em condições consideradas análogas à escravidão. Os trabalhadores dormiam em uma casa abandonada, em camas improvisadas feitas com tábuas e galões de agrotóxicos. Além disso, não tinham acesso a água potável nem a instalações sanitárias. Segundo o órgão federal, o ambiente também estava infestado de insetos e morcegos, e exalava um “odor forte e fétido”.
Com base nas regras anteriores, o nome de Leonardo poderia ficar incluído na “lista suja” de empregadores que utilizam trabalho escravo por um período de dois anos. No entanto, a assessoria ressaltou que, com a mudança das regras em julho deste ano, o sertanejo pode evitar que seu nome seja incluído no cadastro de empregadores se assinar um termo de ajustamento de conduta. Esse termo exigiria que o cantor indenizasse as vítimas com um valor mínimo de 20 salários e investisse em programas de assistência a trabalhadores resgatados.
Caso Leonardo assine o acordo e cumpra as exigências, ele integrará o Cadastro de Empregadores em Ajustamento de Conduta. Ainda assim, se houver descumprimento do acordo ou persistirem condições análogas à escravidão em propriedades vinculadas a ele, o nome do artista poderá voltar à lista.