O cantor Amado Batista, de 73 anos, está enfrentando um processo judicial movido por um casal de ex-funcionários que trabalhava em sua fazenda. O casal alega que seu filho de apenas três anos faleceu afogado na piscina da propriedade do cantor. O artista apresentou sua defesa, oferecendo sua versão dos eventos.
Conforme reportado pelo Metrópoles, Amado Batista afirmou que os ex-funcionários nunca tiveram autorização para utilizar a piscina da fazenda. Ele questionou a veracidade das alegações, sugerindo que o afogamento pode não ter ocorrido na sua propriedade. O cantor considera “natural” que os pais busquem alguém para culpar pela trágica perda do filho.
Em sua defesa, Batista destacou que a residência dos ex-funcionários ficava a 60 metros da piscina e que a criança era supervisionada tanto pelos pais quanto pela irmã. No entanto, de acordo com o Metrópoles, a irmã mencionada pelo cantor também era uma criança na época. Batista acusou a mãe de omissão, alegando que ela notou a ausência do filho apenas após retornar do banheiro.
O cantor negou ter sido informado sobre a solicitação dos pais para que a área da piscina fosse cercada. Ele reafirmou que a morte foi resultado da negligência dos pais e não de sua responsabilidade. Além disso, considerou o valor da indenização pedido pelo casal como “esdrúxulo, incabível e imoral”, argumentando que não deveria ultrapassar R$ 10 mil.
Entenda o caso:
Tatiane Francisca e Jorlan Barbosa, ex-caseiros da fazenda, mudaram-se para o local com seus dois filhos. O mais novo, de três anos, morreu afogado na piscina. Os pais afirmam que pediram a um funcionário de Batista que cercasse a área, mas o pedido não foi atendido.
Os autores também acusam o artista de negligência no atendimento emergencial, alegando que a criança foi levada para um hospital inadequado a 15 km da fazenda, em vez de ser encaminhada para um hospital mais equipado e próximo. O casal relata que voltou a trabalhar na fazenda devido à necessidade financeira e criticou a falta de apoio psicológico e a atitude indiferente de Batista após a tragédia.
Outra acusação contra o cantor é a realização de uma festa com bebidas alcoólicas e música alta na fazenda, pouco tempo após a morte do menino, o que, segundo os pais, demonstrou desrespeito pelo luto deles.
Tatiane e Jorlan afirmam que foram demitidos inesperadamente, sob a alegação de má higiene no preparo de alimentos, o que Tatiane nega. Eles decidiram processar Batista, solicitando uma pensão mensal baseada na expectativa de vida do filho, ou, alternativamente, um pagamento único de R$ 450 mil, além de R$ 500 mil por danos morais, totalizando R$ 950 mil. Apesar do pedido financeiro, o casal enfatiza que nenhum valor pode reparar a dor da perda do filho.