A atriz e youtuber Antônia Fontenelle se posicionou, nesta segunda-feira (12), contra o DJ Ivis, que teve vídeos expostos pela ex-mulher, Pamella Holanda, com repetidas ações de agressões contra ela. Nas declarações divulgadas em uma rede social, a fala da influenciadora foi apontada como xenofóbica por diversos artistas e influenciadores da Paraíba, que manifestaram opiniões e repudiaram os termos utilizados.
“Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que pode tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, declarou Fontenelle em uma publicação sobre o Dj Ivis.
Após a declaração, paraibanos como Juliette Freire, campeã do BBB 21, além de Flay, da edição de 2020 do mesmo programa, e influenciadores como Gessica Kayane (Gkay), fizeram comentários sobre a fala de Fontenelle, que até tentou justificar a atitude em uma nova publicação. Ela afirmou que já estava esperando represálias, e que as acusações contra ela não passavam de uma tentativa de abafar a violência, em detrimento de sua fala.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei esses paraíba (sic), quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. Paraíba eu me refiro a quem faz paraibada, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, afirmou.
A paraibana Juliette Freire afirmou em uma rede social que não se trata de força de expressão, é xenofobia:
Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe “ser Paraíba” e “fazer paraibada”. Existe ser PARAIBANA/O, o que sou com muito orgulho. Tire seu preconceito do caminho, que vamos passar com a nossa cultura e não vamos tolerar atitudes machistas e xenofóbicas de lugar algum.
— Juliette ☀️ (@juliette) July 12, 2021
Outra artista paraibana que também se posicionou foi a BBB 20, Flay. Ela comentou que a fala da youtuber foi reducionista ao atribuir a violência a ‘ser Paraíba’ e lembrou de como foi inferiorizada por ser paraibana, nordestina, preta, pobre e humilde.
Quem também se manifestou foi a digital influencer paraibana Gessika Kayane (Gkay). Ela afirmou que essas expressões xenofóbicas precisam ser banidas e são obsoletas, ultrapassadas e ofensivas.
O ator paraibano Thardelly Lima também se posicionou nas redes sociais: “De onde foi que ela tirou que uma pessoa que comete qualquer burrice, estabanada, crime, ou qualquer coisa, tem o direito de ser chamada de paraibanada?, questionou.
Além dos artistas, a página Nordestinos também divulgou o vídeo de Fontenelle e questionou sobre a origem do termo. “Eu sinceramente quero entender de onde surgiu esse termo de paraibada. Aqui na Paraíba ninguém utiliza”, afirmou.