O ator Bernardo Dugin enfrentou um momento de dor e indignação no último domingo (30), durante uma missa de sétimo dia de um ente querido. Em um ato corajoso, ele formalizou uma queixa contra o padre Antonio Carlos dos Santos, acusando-o de proferir um discurso homofóbico durante a celebração na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Bernardo estava acompanhado do namorado e de sua família, incluindo pais, avós, irmão, cunhada e sobrinhos, quando o padre Antonio Carlos, durante a homilia, fez declarações consideradas discriminatórias. Segundo o ator, o pároco afirmou que “o demônio está entrando na casa das pessoas de diferentes formas para destruir as famílias na representação da união de pessoas do mesmo sexo, homem com homem, mulher com mulher”.
“É com muita dor e tristeza que registro um crime contra a minha existência. A igreja e a liberdade de expressão não podem servir como escudo para propagação de ódio e preconceito”, lamentou.
A dor e tristeza relatadas por Bernardo revelam a angústia vivida naquele momento, em que o discurso de ódio foi proferido na presença de sua família e em um momento de luto. O ator, abalado com a situação, decidiu sair da igreja antes do término da celebração, porém, mesmo após sua saída, o padre continuou a defender suas declarações homofóbicas.
Bernardo Dugin registrou a denúncia na 151ª DP de Nova Friburgo e decidiu compartilhar sua história, alertando sobre os perigos e consequências desse tipo de discurso de ódio. Ele ressaltou que tais palavras podem levar a problemas como depressão, não aceitação, suicídio e morte.
Em seu desabafo, o ator enviou uma mensagem direta ao padre: “Padre, ontem, o senhor teve o meu silêncio. Em respeito à minha família, eu me levantei e saí da missa. Agora o senhor vai ter que responder na justiça pelo crime que cometeu. Porque essas palavras ferem não só a mim e a minha família. Essas palavras ferem muitas pessoas, todos os dias, do Brasil”.
Confira o vídeo publicado: