Deborah Vidjinsky, amiga de Juliette Freire, revelou uma saia-justa que a sister passou alguns meses antes da pandemia. Formada em direito, a sister não exerce a profissão porque treina para concursos. Assim, seu único sustento vinha do trabalho como maquiadora.
“Muita gente questiona e não entende, mas ela é advogada que estuda para concursos. Eventualmente, ajuda algum amigo. Ela não está no escritório. Juliette não vive disso, sua renda é com maquiagem. Desde 2019, caiu muito o movimento em salões, porque a gente entrou num momento ruim da economia. Maquiagem é um supérfluo, a primeira coisa que a pessoa corta. A gente ficou sem atender durante seis meses”, contou ela em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
“Em outubro, voltamos e trabalhamos até dezembro. Não temos vínculo com empresa, então passamos esses tempos sem perspectiva. A reservinha que tínhamos foi gasta no começo. Depois a coisa foi apertando”, completou ela.
Deborah explicou que a paraibana precisou de ajuda do governo para tentar arcar com as despesas do estúdio, que ela dividia com outras três maquiadoras em João Pessoa (PB). Ao todo, o aluguel era R$ 2.600, fora energia elétrica e internet.
“Foi bem complicado. Então, a Juliette deu entrada no auxílio para poder segurar a onda. Ela chegou a passar uma temporada em Campina Grande, na casa da mãe, porque estava difícil pagar tudo, fazer feira… O auxílio ajudava no aluguel do apartamento que ela dividia com uma colega. Ela chegou a pedir dinheiro emprestado a outras amigas também para ir driblando a situação”, finalizou.