Beatriz Segall morreu “dormindo, sem sofrimento”, diz filho em velório

Nesta quarta-feira (05), foi velado o corpo de Beatriz Segall, no hospital Albert Einstein, em São Paulo. A atriz, que estava com peneumonia, chegou a receber alta há dois dias, mas piorou e não resistiu. A intérprete de Odete Roitman morreu por volta das 12h30, de ontem.

“Minha mãe já vinha com a saúde debilitada e, felizmente, acabou indo tranquila, estava dormindo, sem sofrimento, que era o mais importante”, disse Sérgio, filho mais velho da atriz.

“Por um lado, ficamos muito tristes. Perdi minha mãe. Por outro, são 92 anos de uma vida muito bem vivida, não só como atriz conhecida do grande público nas novelas, mas pela contribuição para a cultura brasileira como uma grande atriz que interpretou todas as grandes peças do teatro brasileiro e internacional, como pessoa pública que nunca se furtou a ter opiniões e como mulher do século 20, filha de professores, de classe média”, disse.

Sérgio Segall também falou um pouco sobre a trajetória da mãe.

“Nos anos 40 ela foi para a França contra a vontade dos pais porque tinha conseguido uma bolsa de estudos, voltou, teve filhos e parou de trabalhar, como acontecia inevitavelmente com uma mulher naquele tempo. Recomeçou depois de 12 anos e foi conseguir sucesso de público aos 50. O maior exemplo que ela deixou para os filhos foi essa trajetória, essa coragem o tempo inteiro de tomar posições, às vezes não populares, não agradáveis, mas que ela acreditava que eram importantes. Além do sucesso, porque olho a mãe bem-sucedida, com trabalho de alta qualidade e sofisticada e é inspirador”, disse