O cantor Belo, famoso por sua voz inconfundível e hits marcantes, atualmente vem sendo mais conhecido por suas inúmeras polêmicas judiciais. Apesar dos avanços no caso da dívida milionária com Denilson, parece que o cantor está negligenciando outros compromissos legais. Em um recente processo movido pela Vidotti Eventos LTDA, a empresa alega que Belo ficou inerte, mesmo após ser devidamente intimado.
O caso remonta a março deste ano, quando Belo cancelou abruptamente um show em Campinas, deixando não apenas o público, mas também a empresa produtora Vidotti Eventos, no escuro. De acordo com documentos judiciais, a filha do artista, Isadora Alckmin Vieira, recebeu e assinou a intimação direcionada a Belo. O prazo para que ele apresentasse sua defesa expirou, o que levou a Vidotti a solicitar que Belo fosse declarado revel.
A revelia ocorre quando o réu não se defende em uma ação judicial. As implicações podem ser graves, pois se Belo for declarado revel, todas as alegações feitas pela Vidotti em sua petição inicial seriam consideradas verdadeiras pelo tribunal.
O advogado Dr. Yuri Peçanha esclareceu ao Portal Metrópoles que a revelia não significa necessariamente o fim do jogo para o cantor. “A presunção de veracidade que a revelia provoca no caso não é absoluta. Por ser relativa, ela pode, sim, ser afastada. Um pedido que contraria a lei, por exemplo, não pode prosperar apenas porque a revelia se materializou”, explicou.
Belo e sua equipe ainda têm a opção de agir no processo, o que poderia abrir novos caminhos legais para eles. No entanto, o fato permanece que este caso se tornou mais difícil para o cantor.
Para entender a magnitude do caso, devemos voltar ao dia fatídico do cancelamento do show. De acordo com a Vidotti Eventos, o local do evento estava pronto para a passagem de som de Belo às 13h. No entanto, todos foram surpreendidos com a notícia de que ele não mais se apresentaria naquele dia. Fornecedores e público pagante foram deixados no escuro, causando um enorme prejuízo.
O caso se tornou ainda mais complexo quando o advogado de Belo enviou uma notificação extrajudicial afirmando que o evento não aconteceria devido ao fechamento temporário do local. No entanto, a Vidotti alega que o local já havia sido alterado dias antes. A empresa agora busca reaver os R$ 160 mil que já havia pago, além de danos materiais no valor de R$ 335.295 e danos morais no valor de R$ 160 mil, totalizando um valor de R$ 655.295.