O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” fez história ao vencer, no domingo (2), o Oscar de melhor filme internacional. Essa é a primeira vez que uma produção brasileira conquista a estatueta nesta categoria.
Dirigido por Walter Salles, o longa superou concorrentes como “A Garota da Agulha”, “Emilia Pérez”, “The Seed of the Sacred Fig” e “Flow”. A obra é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e conta a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres. Eunice foi esposa do ex-deputado Rubens Paiva, sequestrado e morto durante a ditadura militar brasileira (1964-1985).
Antes da premiação, “Ainda Estou Aqui” já se destacava no cenário cinematográfico, tendo superado “Emilia Pérez” da França, que venceu o Bafta de melhor filme estrangeiro em fevereiro. A produção francesa esteve envolvida em polêmicas, especialmente em torno da atriz Karla Sofía Gascón, afastada das campanhas promocionais após a repercussão de publicações antigas consideradas preconceituosas.
O filme brasileiro alcançou um faturamento de R$ 104,6 milhões no país até fevereiro de 2025, sendo visto por mais de 5,1 milhões de espectadores. No exterior, arrecadou US$ 27,4 milhões (R$ 159 milhões), consolidando-se como uma das maiores bilheterias do cinema nacional.