Uma notícia agitou o mundo do futebol brasileiro nesta segunda-feira (28): a seleção pode voltar a usar uma camisa vermelha como uniforme reserva. A informação vem do portal Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de materiais esportivos. Se confirmado, o novo uniforme seria para a Copa do Mundo de 2026 e marcaria uma parceria inédita com a Jordan Brand, algo que a Nike, fornecedora tradicional, nunca fez com o uniforme principal.
Um pouco de história
Você sabia que essa não seria a primeira vez que a seleção veste vermelho? Entre os anos de 1917 e 1919, o uniforme reserva do Brasil já tinha essa cor. Isso mostra que, apesar de inusitada para muitos hoje, a cor vermelha já faz parte do passado da Canarinho.
O que diz o estatuto da CBF?
Mas será que é tão simples mudar a cor assim? O estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fala sobre isso. No capítulo “Dos Símbolos”, ele diz que alterações podem ocorrer, principalmente em jogos festivos. Um exemplo recente foi em junho de 2023, durante um amistoso na Espanha contra Guiné, quando o Brasil usou uma camisa preta no primeiro tempo como um gesto contra o racismo sofrido por Vini Jr.
Segundo o estatuto, “Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema […], podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”. Isso significa que a flexibilidade existe, mas com regras.
De acordo com o portal Footy Headlines, esse novo modelo vermelho seria uma quebra de tradição. Por décadas, o uniforme reserva da seleção teve o azul como cor principal. O tom exato do vermelho ainda não foi falado oficialmente, mas as indicações iniciais apontam para uma cor bem vibrante e moderna.
Uma cor com significado histórico?
A escolha do vermelho, por mais diferente que pareça, tem um eco na história do Brasil. A cor faz alusão ao pau-brasil, aquela árvore que foi tão importante no início da colonização e que tingia tecidos de um vermelho bem forte. E a própria palavra “Brasil” remete a “vermelho como brasa”.
Então, essa nova camisa poderia ser vista como uma ponte entre as raízes históricas do nosso país e o futebol atual, conectado ao mundo. Seria uma forma de carregar um pedaço da nossa origem no peito, em campo.
Vale lembrar que a Jordan já tinha feito algo com a seleção em 2016, uma edição especial. O projeto de agora parece ser mais ambicioso. A tendência da Nike, ao que tudo indica, é mesmo apostar em designs ousados e parcerias diferentes para as seleções que patrocina. No entanto, nada até agora confirma oficialmente que essa camisa vermelha será usada na próxima Copa do Mundo.