No início do julgamento que acontece em Barcelona, Daniel Alves, jogador de futebol brasileiro, está diante de sérias acusações de agressão sexual, relatadas por uma denunciante em um episódio datado de dezembro de 2022. Preso preventivamente há mais de um ano, Alves compareceu à sessão no Tribunal de Barcelona, conduzido sem o uso de algemas, enquanto sua advogada, Inés Guardiola, esforçava-se para defender sua inocência.
A tentativa da defesa de suspender o julgamento, baseada em argumentos como a falta de conhecimento prévio do jogador sobre as investigações e a negativa do juiz em aceitar um segundo exame pericial da denunciante, foi rejeitada. Outro ponto levantado foi a precária situação financeira de Alves, marcada por uma dívida significativa com a Fazenda da Espanha.
Durante o depoimento, que ocorreu de maneira confidencial, a denunciante reiterou suas acusações contra o jogador. O apoio a seu relato veio através das palavras de testemunhas, incluindo uma amiga e uma prima, que destacaram o trauma sofrido pela vítima desde o episódio. Contrariamente, funcionários da boate Sutton, local apontado para o acontecimento do suposto abuso, não perceberam qualquer atitude suspeita por parte de Alves, mesmo considerando o consumo de bebidas alcoólicas naquela noite.
Com a expectativa do depoimento de 22 testemunhas na terça-feira (06), entre amigos do jogador e sua esposa, a defesa de Alves se prepara para apresentar uma nova narrativa dos fatos, sugerindo que o estado de embriaguez pode ter sido um fator influente. O julgamento, sob a liderança da juíza Isabel Delgado Pérez, prossegue captando a atenção do público internacional, enquanto Daniel Alves aguarda o veredito de um caso que já se estende há mais de um ano e que pode levá-lo a uma condenação de até nove anos de prisão.