A morte da vocalista do grupo Calcinha Preta, Paulinha Abelha, no dia 23 de fevereiro, ainda é cercada de mistérios sobre o que teria provocado o falecimento.
O programa Domingo Espetacular, teve acesso a documentos que mostram as substâncias encontradas no corpo da cantora. O laudo aponta como estava o fígado dela antes de morrer e o receituário médico com substâncias que podem explicar mais sobre a intoxicação apontada nos exames.
De acordo com um documento assinado por médicos que dirigem o hospital, Paulinha foi diagnosticada com insuficiência renal e hepática aguda.
O atestado de óbito indica que uma das causas da morte é a meningoencefalite, diagnosticada 10 dias antes. Outras causas como hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite contribuíram para a morte da cantora.
Segundo o laudo da biópsia feita no fígado de Paulinha, houve necrose. O documento conclui que medicamentos podem corresponder a injúria hepática induzida por medicamentos.
A reportagem mostrou ainda que um painel toxicológico encontrou 16 substâncias no corpo de Paulinha, tendo entre elas anfetaminas e barbitúricos. Foi encontrado também um medicamento tarja preta, utilizado geralmente para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), e que tem como efeitos colaterais: a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.
De acordo com a investigação médica, o medicamento foi receitado pela nutróloga que acompanhava a cantora, que também indicou um antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática garcinia cambogia.
No entanto, a droga pode causar danos ao fígado, com risco de hepatite fulminante, por causa das substâncias químicas.