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Cearense faz campanha e traz noiva cubana de volta ao Brasil após fim do acordo do Mais Médicos

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No município de Catunda, a cerca de 256 km de Fortaleza, o músico Pedro Neto e a médica Yudelkis Gonzalez estavam de casamento marcado quando foram obrigados a se separar. Ele, cearense, ela cubana, se viram distantes após o fim da parceria entre Brasil e Cuba no Mais Médicos. O noivo vendeu móveis, motocicleta e fez um bingo para juntar dinheiro e trazê-la de volta ao Brasil.

Após o reencontro do casal, Pedro Neto conta com ajuda dos amigos para financiar despesas da cerimônia de casamento.

A médica atuava pelo programa federal em Paraíso, distrito catundense, e conheceu Pedro em dezembro de 2016. Dois anos depois, em junho de 2018, noivaram.

“Estávamos com todo o projeto, planejando casar no fim de janeiro, e recebo uma ligação dela aflita, desesperada, comunicando que os estrangeiros do Mais Médicos teriam que voltar. Foi um momento difícil, nos deixou tristes e sem chão”, relembra o músico.

O casal já havia providenciado os documentos para a união civil, cujas taxas cartoriais estavam pagas. “Prometemos um ao outro não desistir enquanto houver possibilidade. Mas as coisas são difíceis, burocráticas. A comunicação é pouca, porque internet lá era difícil, e pra ligar é um absurdo”, lamenta Pedro Neto.

O músico realizou uma campanha nas redes sociais e rádios do município para arrecadar recursos e conseguir arcar com as despesas do retorno da noiva. Eles “corriam contra o tempo”, já que a documentação de solicitação do casamento perderia a validade em março. O noivo precisou de R$ 4,5 mil para pagar os custos de Yudelkis, incluindo passagens e custos com a documentação obtida em Cuba.

No sábado (2), após vender uma motocicleta, móveis de casa e realizar um bingo com a ajuda da população de Catunda, Pedro completou a quantia necessária, e Yudelkis conseguiu retornar ao Brasil. Ela desembarcou no aeroporto de Fortaleza na madrugada de segunda-feira (4).

Despesas continuam

A luta para que o casal tenha a união oficializada, porém, continua, já que as economias acabaram, mas a burocracia das papeladas, não. Para seguir com o casamento, o casal ainda precisa de uma declaração. “Vamos morar em Catunda. A minha família e todo mundo gosta dela”, comenta.

Neto também espera conseguir o valor necessário para Yudelkis obter o Título de Medicina do governo Cubano – documento que permite a profissional se submeter ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), e assim, exercer a profissão no Brasil. O custo para obter o título é de 1.100 dólares.

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