O levantamento anual do Salariômetro, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), aponta que os reajustes salariais ficaram abaixo da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Em 2022, 40,6% dos aumentos não foram suficientes para cobrir as perdas salariais causadas pelo aumento de preços. Em 2021, esse percentual era de 49,7%.
Foram realizadas 32.319 negociações em 2022, com valor mediano de reajuste de 10,5%. Já em 2021, foram 27.759 negociações, com valor mediano de 7,08%. O piso salarial no último ficou em R$ 1.481, diante de R$ 1.352 em 2021.
Os dados demonstram ainda uma diminuição geral da presença e dos valores dos benefícios e acréscimos salariais. Em 11.409 dos mais de 32 mil acordos assinados em 2022, está previsto o pagamento de um adicional noturno. Já o adicional de sobreaviso está em 880 e o de hora extra, pouco mais de 16 mil.
Em dezembro, a média dos reajustes negociados ficou em 6,5%. Os aumentos que superam o INPC ainda são a maioria, representando 74,6% do total. A previsão para o mês de janeiro é que 82,4% das negociações tratem de acordos superiores à inflação, o piso médio no mês ficou em R$ 1.524.